domingo, 5 de abril de 2009

Inspirado no filme Ele não está tão afim de você.


Trailler do filme aqui

Finalmente voltei a pensar sensatamente, esquecendo a carência e meu atual status do Orkut (sim, solteira). Num passado não muito remoto, eu escreveria avessamente com muito mais facilidade. Mas sem embasamento teórico. Agora, conquistei ao menos isso.

Assisti ao filme Ele não está tão afim de você e tive quase uma regressão. Não vou falar muito sobre os sinais que ELES nos enviam e fazemos questão de interpretar errado, porque nos é mais conveniente. Afinal, eu mesma relatei aqui péssimas interpretações de minha parte.

Por isso mesmo fiquei feliz de voltar a ser eu.

Vou comentar um trecho do filme que não vai estragar nenhuma surpresa de quem ainda não assistiu. O personagem Neil, de Ben Afleck, não acredita em casamento. Para ele, estar com a pessoa, ser comprometido, amar e ser amado é o que basta. Ponto para ele.

Eu concordo. Aliás, lembrei que SEMPRE CONCORDEI.

No passado ao qual me referi acima, defendia que para mim basta amar. Não é preciso entrar na Igreja, de véu, grinalda, lágrimas e suor para mostrar à pessoa que eu a amo e pretendo passar o resto da minha vida com ela. Sim, essa visão, pasme, é muito mais romântica que “casar de papel passado”.

Se amo um indivíduo, moro com ele, aceito seus defeitos, admiro suas qualidades, quero ter/tenho filhos com ele, nos imagino sendo chamados de vó e vô e não quero ficar com ninguém além dele, isso para mim É UM CASAMENTO.

Casamento é compromisso. União estável é compromisso, certo? Duas pessoas se uniram e seus sentimentos em relação à uma e à outra são estáveis, constantes. Ora, se enfrentam problemas e conquistas juntos e se consideram marido e mulher, qual a necessidade de mostrar ao mundo que sentem isso?

Minha teoria: amo Fulano mais do que já amei qualquer sicraninho por aí. Tenho certeza de que quero passar meus melhores e piores momentos com ele. É recíproco. Preciso assinar papéis para que sejamos felizes? Preciso vestir branco, morrer de calor e cumprimentar pessoas que não conhecem um dia de nossa história para que constituamos alegremente nossa família? Na minha cabeça, não. No meu coração, principalmente, não. Não preciso demonstrar meus sentimentos para mais ninguém, ALÉM DO FULANO.

Quer coisa mais romântica que viver com alguém SÓ PORQUE existe amor? Quer coisa menos romântica que saber que aquela pessoa está dormindo com você todos os dias SÓ PORQUE vai dar trabalho sair de casa, dividir bens, pagar pensão, ter apenas o final de semana com os filhos, ter que começar tudo de novo com alguém desconhecido?

Já vi muitos casamentos se arrastarem apenas por orgulho, ou para não ter que diminuir o poder aquisitivo. Meus pais se casaram na Igreja e no cartório, são felizes há 29 anos. Mas tenho certeza de que mesmo que não tivessem assinado papel algum ou minha mãe não tivesse entrado linda aos 18 anos na Igreja, com meu pai tendo feito um caminho de rato na hora de pentear o cabelo de tão nervoso que estava, eles teriam escrito a mesma história.

Não é esse rito de passagem que garante a felicidade e a prosperidade da relação. Respeito quem gosta. Aliás, meu álbum do Orkut tem vááááárias fotos de noivinhos dos casamentos das amigas e primas. Acho bonito. Mas não é preciso casar para se sentir casado(a).

Ah, e o filme só veio a confirmar duas coisas:

1- Minha teoria não deve destoar tanto do resto das pessoas do mundo. Ao menos o roteirista do livro/filme já cogitou essa possibilidade quando fez o Neil (Ben Afleck) defender esse ponto de vista.

2- O último peguete definitivamente não está tão afim de mim. rs

Para quem assistiu ao filme, acredite: o meu e o seu Neil ou Alex existe e vai nos encontrar em breve. Basta prestar atenção aos sinais claros e diretos que os homens nos dão.

E diga NÃO às interpretações mulherzinha convenientes e viajantes!

Estrô =)

4 comentários:

Suellen Barone disse...
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Progê disse...

E tenho dito! rs

Condordo, MAS... mesmo assim quero me vestir de branco e passar calor, quero dividir esse momento com aqueles que REALMENTE vão se emocionar de lembrar dos primórdios da minha história com o meu "casal" e especialmente, quero minhas amigas de daminha! HÁ
rs

B. disse...

Estou tão atrasada nas novidades cinematográficas, louca pra ver esse filme...hunf!

Ludi disse...

O filme é maravilhoso!
me fez parar e pensar nas atitudes dos homens e em nós mulheres.
Eles de fato ñ ligam mesmo e nós procuramos um significado para cada gesto deles.
Com medo de assumir a nó q eles ñ estão tão afim quanto nós pensamos o negocio é ou tentarmos enterder esses seres de outoro mundo) ou continuarmos sonhando!
Mas antes disso viva!