terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Breve licença para o BBB 9.




Não segurei a onda. Eu admito. Já estou até me antecipando, antes que a coisa esquente e eu acabe querendo traçar um perfil psicológico de cada um. Aliás, faço pior: sou do tipo que defende uns e xinga outros.

Sou psica de BBB, confesso. Ligo meu botão de bestialidade e assisto numa boa. Me divirto, me envolvo, já até chorei por romances de edições anteriores. Analiso os atos deles, até vigio a casa onlinemente. E votação?? Sim, eu voto. Não gasto $ com ligações e SMS, mas voto freneticamente no site.

Mas nesse não!

Nesse, estou me doutrinando. Quero ver o circo pegar fogo.
Tô nem aí se tem gente pobre (eu não sou rica e mesmo assim ninguém torce para eu ganhar R$ 1 milhão sem trabalhar). Não tem essa de ser simpatiquinho, de cozinhar para a galera, de ser amigo.

Big Brother Brasil é jogo.

Coisa que odeio é dia de votação, todo mundo no confessionário dando a mesma resposta: “voto no fulano porque é com quem tenho menos afinidades”; como se a gente não soubesse das discussões, briguinhas, caras-feias e o escambau que rolou durante a semana.

Aliás, afinidade é o cacete.

Se justificar que não vota em sicrano porque é a pessoa com quem tem mais afinidade, completa a oração: “e o sicrano vai me ajudar a ficar na casa”. Aí eu aceito. Não vem dizer que fez amizades na casa não. Depois que posar no Paparazzo, Playboy, o diabo a quatro e sair pelo Brasil fazendo “eventos”, ninguém vai nem se ligar mais.

Amigo a gente faz é no dia-a-dia normal, na infância, na faculdade, na rodinha de amigos com os agregados, no trabalho. Amigo com quem você disputa dinheiro? Amigo com quem você disputa comida? Amigo com quem você disputa 30 segundos da atenção do Bial? Não força, né?!

Tem gente que acha que brasileiro é burro. Não é.

Brasileiro é sacana. Gosta de ceninha. Gosta de ver a vida dos outros como uma novela. Puro entretenimento. Pergunta 6 meses depois de o BBB acabar se neguinho vai querer saber dos porres deles, das provas de líder no trabalho (da vida real), se superou a prova de resistência (da vida real) para encher a despensa de casa?

E estou me incluindo aí. Eu chorei quando o Alemão e a Siri finalmente começaram seu caso de amor, mas pergunta se eu fiquei triste quando o Buba morreu? Achei chato, claro. É uma pessoa, afinal. Mas 5 minutos depois, já tinha esquecido.

Ok. O fato é: meu sonho é ver nessa edição galera combinando voto, colocando no paredão quem tem potencial para vencer, a mulherada aprontando todas e pagando a maior ressaca moral, os homens pegando todas que derem mole, nada de culpar a carência para sair beijando. Nada de querer “se testar” no paredão. Ninguém quer ir para o paredão. Quero ver todo mundo com medo de sair. Fulaninho voltou do paredão com 70% de aprovação? Vai de novo! Vai até sair. E não tem bonzinhos e vilões. Nesse BBB, todo mundo tem que ser mau.

Oras, por acaso os bonzinhos das edições passadas dividiram seu prêmio com os BBmiguinhos?

Estrô

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