terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Encontrei a resposta.

Não seria tão difícil chegar a essa conclusão, principalmente seguindo o raciocínio que eu mantinha em algumas de minhas últimas divagações. Mas sabe que uma luz pareceu se acender na minha frente quando me deparei com a resposta?

Pois bem, por que me acho uma mocinha super bom partido e estou sem namorado há 1 ano (e meio)? Porque ninguém se apaixona pelas qualidades da pessoa!

Parece estranho isso? Você discorda?
A princípio, eu também discordei.

Ora, eu me apaixonei por um cara só porque ele era inteligente e engraçado, apesar de ser feio que dói. Já me apaixonei por outro que eu achava lindo-de-morrer (mas só eu achava isso...). Teve também aquele que era megadescolado e pop. E o que não tinha as sacadas mais espertas, mas me achava o máximo e me fazia rir muito.

Opa! O que eles tinham em comum? Qual era o adjetivo que todos eles tinham e me encantava? É... foi aí que comecei a cogitar a possibilidade de eu não ter mesmo os amado pelas qualidades deles.

Nós nos apaixonamos pelo cheiro, pelo mistério, pela reação inesperada que aquela pessoa tem e nos surpreende. Não nos apaixonamos pelo previsível. Se ele é inteligente, eu JÁ SEI que ele falará coisas interessantes, me proporcionará momentos de grande conhecimento. Se é bonito, JÁ SEI que ficará irresistível com aquela camiseta. Mas, eu não sei o que esperar dele depois de todas as brigas, em todos os convites para sair, o que ele vai dizer todas as vezes que eu aparecer com uma roupa deslumbrante só para ele.

É esse “todos os momentos” que nos encantam. É o não saber o que virá depois, do que ele é capaz. Mesmo a pessoa mais metódica, que aprecia a rotina, que adora saber o que virá depois e se atrai por quem é previsível, só se dá conta mesmo de que está apaixonada quando o cupido a pega de surpresa, quando o cara faz aquela coisa, no momento mais surpreendente e te pega de jeito.

Não falo de uma declaração de amor numa noite perfeita, regada a vinho e flores.
Falo daquele beijo que vem do nada, que você sente que se não der, explode, e que foi logo depois de ele ceder o único sachê de maionese para você lambrecar seu cachorro-quente da barraquinha da esquina.

Sim, é nesse momento que vocês, mesmo sem dizerem um para o outro, decidem que agora não vão apenas ficar, mas vai rolar um namoro aí.

Ele não precisou reunir qualidades que você não encontrou nos 27 homens que ficou desde o fim do seu último namoro. Na verdade, você até viu mais defeitos nele do que na maioria dos demais. Mas foi esse mistério, essa troca de olhares à toa, sem nenhum significado, essa inexplicável sensação de querer estar junto que abriu os seus olhos e fez você querer parar de procurar aquela pessoa ideal.

Não sei se eu romantizei, até porque nem é de meu feitio isso. Mas a intenção foi ser prática: não procure pelo cara inteligente, bonito, educado, divertido e calmo. Deixe rolar. Dê uma chance para quem aparecer. Ouça aquela vozinha interior que diz: “saia com ele”, “atenda a ligação dele”, “liga para ele”. Se ela disser: “namore ele” ou “desencana e parte pra outra”, aceite.

Uma hora, o mistério envolve você, sem nem mesmo você chamar por ele.

Estrô \o/

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